Exposição de Pintura de Hugo Travanca
Hugo Travanca nasceu em Coimbra em 1981, cresceu no Olival freguesia do Concelho de Ourém onde residiu atéterminar o ensino secundário. Completou a Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de Évora em 2005, uma Pós-Graduação em Comunicação e Imagem em 2006 pelo IADE e um mestrado em Criação Artística pela Universidade de Barcelona em 2012. Tem focado o seu trabalho na área da pintura, participando em exposições coletivas e individuais, na área da ilustração participando em alguns projetos como freelancer e elaborou 4 obras públicas (esculturas).
A exposição "O Prazer da Imaginação" congrega alguns dos mais recentes trabalhos de pintura de Hugo Travanca, elaborados a partir de 2018.
”Cada obra constitui um exercício incessante na busca de um retrato psicológico da musa. Pintar exclusivamente de memória desvenda um caminho infinito em direção a uma perfeição inatingível, mas onde o coeficiente de evolução permanece sempre tangível. A cada pintura, o retrato edifica-se por camadas, progressivamente mais densas e sólidas. Todavia, o resultado final expõe os limites da memória do autor em relação à natureza identitária da musa. Pintar e imaginar a musa significa construir um retrato diáfano de uma identidade, como uma simbiose entre a musa e o criador.
Desconsiderando qualquer reverência aos materiais e sem imposições externas, desenvolve-se a obra pictórica, guiado pelo prazer intrínseco, resultando numa evolução contínua de trabalho a trabalho. A busca pela perfeição é quimérica, mas, se fosse alcançável, já não haveria razão para continuar a pintar. A perfeição é inalcançável; o ideal perfeito é uma utopia que serve para perseguir o melhor possível, ciente de que a evolução do trabalho ocorre num sentido coerente. A obra constrói-se por meio da continuidade e acumulação de uma compreensão progressiva dos limites técnicos e da memória visual do autor. Meditar constantemente sobre a mesma pessoa sem a ter diante de si impele-nos a imaginar mais e visualizar menos, resultando num retrato mais introspectivo do que exteriorizado. Não é a epiderme da musa que se retrata, mas sim a essência emocional de sua identidade. As camadas de tinta, ao se sobreporem, desvelam mais do interior psicológico do autor e menos da fisicalidade da musa.
Pinceladas rápidas e espontâneas expõem o ímpeto de representar uma identidade oculta, uma visão distorcida do mundo real, pois a intenção não é expressar o físico, mas sim o invisível, tanto do autor quanto de sua musa. O resultado são rostos desproporcionados, carregados de camadas emotivas que refletem os sentimentos mais profundos do autor.”
Hugo Travanca
INAUGURAÇÃO A 20 DE SETEMBRO DE 2024, ENTRE ÀS 18h30 E ÀS 21h30
PATENTE ATÉ 12 DE OUTUBRO
Terças às sextas, das 16h00 as 20h00
Sábados, das 15h00 as 18h00