ESCREVO LOGO CRIO©
Tasks
Última atualização: 26/11/2025
Próxima sessão agendada: 13/12/2025
“A escrita é um ofício que se aprende escrevendo.”
Simone de Beauvoir
“Não me digas que a lua está a brilhar; mostra-me o reflexo da luz nos cacos de vidro.”
Anton Tchekhov
“You must write every single day of your life.”
Ray Bradbury
1. Proposta Dia 16/11
Consciente dos conceitos de narrador, focalização e discurso, conte-nos uma história que começa com a seguinte frase:
"As luzes apagaram-se no exato momento em que ouvi meu nome."
(10’ | 25 linhas)
“Escrever é desenhar uma porta para que alguém possa atravessá-la.”
Julio Cortázar (1914–1984)
1. Proposta Dia 26/11
Algumas figuras de estilo:
Metáfora:
Comparação implícita entre dois elementos diferentes, atribuindo características de um ao outro. Na narrativa, a metáfora pode ser usada para criar imagens vívidas e evocativas, enriquecendo a descrição de personagens, eventos e ambientes.
“O Wi-Fi é o oxigénio do século XXI.”
Metonímia:
Uma palavra ou expressão é substituída por outra que está intimamente relacionada ou associada a ela. Na narrativa, a metonímia pode ser usada para evocar associações simbólicas ou representar elementos maiores por meio de partes ou elementos menores.
“Li um Saramago no metro.”
Ironia:
O significado pretendido é oposto ao que é expresso literalmente. A ironia pode ser usada na narrativa para criar um efeito cômico, satírico ou trágico, revelando discrepâncias entre as expectativas do público e a realidade da história.
“Claro, porque nada grita sustentável como um SUV elétrico de três toneladas.”
Hipérbole:
Uma ideia é exagerada para enfatizar ou transmitir um significado mais intenso. Na narrativa, a hipérbole pode ser usada para enfatizar características ou eventos, criar humor ou estabelecer uma atmosfera exagerada.
“Esperei um milénio pelo update do software.”
Personificação:
Objetos inanimados ou abstratos são atribuídos com características humanas. Na narrativa, a personificação pode ser usada para criar uma conexão emocional entre o público e os elementos da história, tornando-os mais acessíveis e compreensíveis.
“O telemóvel chorou até morrer sem bateria.”
Paralelismo:
Ideias, frases ou estruturas gramaticais semelhantes são repetidas ou paralelamente construídas. Na narrativa, o paralelismo pode ser usado para criar uma sensação de equilíbrio e harmonia, destacar padrões e contrastes, ou enfatizar certas ideias ou eventos.
“Scrollo, likeo, esqueço. Scrollo, likeo, esqueço.”
Antítese
Contrastes fortes. Confronto direto de ideias opostas numa mesma frase:
“Conectados no ecrã, desligados na vida.”
Anáfora:
Repetição intencional no início de frases ou versos para dar ritmo e ênfase:
“Quero tempo, quero espaço, quero silêncio.”
Eufemismo:
Adoçar o choque. Suavizar ou disfarçar uma realidade dura ou desconfortável
“Ele foi desconectado do projeto.”
E a Metalepse?
A metalepse ocorre quando algo que normalmente não faz parte do mundo ficcional da história é introduzido ou quando personagens ou elementos de uma história transcendem os limites da sua própria narrativa. Isso pode incluir a entrada de um narrador em uma história, personagens que interagem com o autor ou com o público, ou elementos do mundo real que se infiltram na ficção.
A metalepse desafia as convenções narrativas tradicionais, criando uma sensação de estranhamento e quebra de expectativas. Ela pode ter efeitos diversos na narrativa, como humor, reflexão sobre a natureza da ficção e a relação entre a narrativa e o mundo real, ou até mesmo questionamentos sobre a própria natureza da realidade.
A metalepse é uma técnica que requer cuidado e intencionalidade por parte do autor, pois pode ser interpretada de diferentes maneiras pelos leitores ou espectadores. Se bem executada, pode adicionar uma camada de complexidade e profundidade à narrativa.
“Era uma vez um leitor que já sabia como esta história ia acabar.”
a) Conte-nos usando a metalepse e o passado (tempo verbal):
Como será o meu próximo dia de amanhã?
(8’ | 18 linhas)
b) Conte-nos usando os mesmos acontecimentos descritos no exercício (a):
Como tem sido este dia?
Sabendo que sou o narrador e, ao mesmo tempo, uma entidade invisível que o acompanha em cada detalhe descrito?
Este texto está, portanto, sendo escrito no dia de amanhã (que é hoje) com o presente como tempo verbal.
(10’ | 20 linhas)
—
Tragam trechos de textos e/ou letras de canções para a próxima sessão.
Obrigado!
“La novela, para mí, es como un reloj: si no mexes com o tempo, ele não te dá as horas certas.”
Julio Cortázar (1914–1984)

