Cinema PROSA
Ciclo
NA FRONTEIRA
IN THE BORDER Screenings
No âmbito do Dia Internacional contra a Discriminação Racial - 21/03
O Dia Internacional contra a Discriminação Racial, celebrado a 21 de março, é uma ocasião crucial para refletirmos sobre os desafios enfrentados por indivíduos de diferentes origens étnicas em todo o mundo. Desafios que nunca foram tão complexos, heterogêneos e frequentes, do bairro até o país, independente do poder simbólico ou autoritário das suas fronteiras.
Este dia destaca a necessidade urgente de combater todas as formas de discriminação racial e promover a igualdade de oportunidades para todos. Ao reconhecer e celebrar a diversidade, podemos construir sociedades mais inclusivas e justas.
Filmes que abordam a temática da discriminação racial na fronteira da sociedade oferecem uma oportunidade única de sensibilização e reflexão.
Por meio dessas narrativas do cinema contemporâneo, podemos mergulhar nas realidades complexas enfrentadas por aqueles que são marginalizados devido à sua raça ou etnia. Esses filmes nos convidam a confrontar nossos preconceitos e a ampliar nossa compreensão sobre o outro: as experiências de outras pessoas.
Theo Angelopoulos, renomado cineasta grego, destacou-se por sua habilidade única em explorar as fronteiras físicas e metafóricas que dividem as pessoas e as nações em seus filmes. "O PASSO SUSPENSO DA CEGONHA", parte de sua trilogia sobre este tema, é uma obra emblemática que examina as consequências humanas da guerra e da migração forçada. A importância deste filme reside em sua capacidade de retratar as experiências universais da perda, da busca por pertencimento e da luta contra a discriminação.
Em "O PASSO SUSPENSO DA CEGONHA", Angelopoulos aborda uma série de subtemas relacionados à discriminação e às fronteiras. O filme explora a separação entre diferentes grupos étnicos e culturais, destacando as tensões e os conflitos que surgem quando essas fronteiras são desafiadas ou atravessadas. Além disso, o cineasta examina as consequências psicológicas da violência e da opressão, bem como a resistência e a resiliência humanas diante das adversidades.
Ao longo da trilogia, Angelopoulos também aborda questões como identidade, memória coletiva e a busca por redenção e reconciliação. Seus filmes são uma poderosa reflexão sobre a condição humana e a necessidade de solidariedade e compreensão mútua para superar as divisões que nos separam. "O PASSO SUSPENSO DA CEGONHA" continua a ser uma obra seminal que nos lembra da importância de enfrentar as fronteiras físicas e ideológicas que perpetuam a discriminação e a injustiça.
Diferente é a obra de Ali Abbasi, um cineasta iraniano-sueco cujo trabalho desafia fronteiras tanto geográficas quanto sociais.
Em seu filme "BORDER", Abbasi explora temas complexos de identidade, pertencimento e discriminação de uma maneira única e provocativa.
Sua experiência pessoal como um imigrante e suas próprias experiências com as fronteiras culturais e sociais informam profundamente sua abordagem cinematográfica.
A importância de "BORDER" reside em sua capacidade de mergulhar nas profundezas da condição humana, questionando noções preconcebidas de normalidade e beleza. O filme destaca a discriminação enfrentada por aqueles que estão na margem da sociedade, seja devido à sua aparência física, origem étnica ou identidade cultural. Ao fazer isso, "BORDER" convida o público a reconsiderar suas próprias ideias sobre o que é aceitável e digno de respeito.
Dentro do filme, Abbasi aborda uma variedade de temas relacionados à discriminação e fronteiras, incluindo a experiência de ser diferente, a busca por aceitação e a luta contra o preconceito. Além disso, o filme mergulha em questões de identidade pessoal e autoaceitação, explorando como a sociedade muitas vezes impõe padrões rígidos e exclusivos de beleza e normalidade. "BORDER" é um lembrete poderoso da humanidade compartilhada que transcende fronteiras físicas e sociais. Ao desafiar as noções convencionais de identidade e beleza, o filme nos convida a refletir sobre nossa própria compreensão da diversidade e a abraçar a complexidade e a riqueza da experiência humana.
Ao assistir a filmes que exploram a discriminação racial na fronteira, somos confrontados com a crueldade e a injustiça, históricas ou atuais, que muitos enfrentam diariamente. Essas histórias nos desafiam a examinar nossas próprias atitudes e comportamentos em relação à diversidade e inclusão. Além disso, eles nos inspiram a agir em solidariedade com aqueles que são alvos de discriminação, trabalhando juntos para criar um mundo onde todos sejam valorizados e respeitados independentemente de sua origem étnica.
Com este ciclo de cinema, iremos nos comprometer a amplificar as vozes daqueles que lutam contra a injustiça e promover a igualdade em todas as esferas da vida. Ao educar-nos e agir em solidariedade, podemos contribuir para a construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos, onde a diversidade é celebrada.
Vem!
Alexandre Braga
“O PASSO SUSPENSO DA CEGONHA” 1991 | M/12 | 2h 23’ [GR]
(The Suspended Step of the Stork - ENG | To meteoro vima tou pelargou - GR)
De Theodoros Angelopoulos
Sexta Dia 15/03 às 19h30
Um repórter preso em uma cidade fronteiriça com uma superlotação de refugiados, vê um homem que ele acredita ser
um político perdido há muito tempo.
É o primeiro filme da conhecida ‘Trilogia da Fronteira’.
“BORDER” 2018 | M/16 | 1h50’ [SE + DK] (Na Fronteira - PT | Gräns - SW)
De Ali Abbasi
Sábado Dia 16/03 às 19h30
Um funcionário da alfândega que sente o cheiro do medo desenvolve uma atração incomum por um viajante estranho enquanto auxilia uma investigação policial que colocará em dúvida toda a sua existência.
Todos os filmes do Cinema PROSA serão exibidos em pixel iluminado (ecrã QLED 65’’) em sala condicionada ao máximo de 24 espectadores.
Preçário
Membros: Entrada livre.
Não-membros: 3€
Trailers aqui: